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"ler é a arte do conhecimento;seguir é a arte da sabedoria".

sexta-feira, 27 de novembro de 2009

Quarteto

Em todo curso de faculdade, querendo ou não, formam se os "feudos", as famosas panelinhas entre aqueles que se identificam mais, que tem as mesmas ideias, as mesmas origens, que gostam normalmente de sentar no mesmo local, de preferência o fundão!!


Na turma 2006 de jornalismo da UFAC não foi diferente. Ao longo dos períodos formou se o quarteto que apoia um ao outro, que se ajuda nos trabalhos e nas tarefas do curso. A amizade sincera do grupo certamente sempre será lembrada, mas sabemos que os nossos destinos depois dessa trajetória na Ufac serão distintos o que de certa forma irá nos distanciar.

O josé, com seu jeito um tanto pessimista, o que vê mais adiante e diz: "isso não vai dar certo". Com uma ansiedade a flor da pele, muito preocupado com as tarefas da faculdade. Mas que tem a familia como prioridade, sendo um bom filho, um bom rapaz.






O Elzer, que merece um estudo profundo para sabermos porque ele, desde o primeiro período, sempre chegou atrasado. Com sua tranquilidade, sempre vivendo um dia de cada vez e deixando para amanha o que se pode fazer só amanha.




O Celso, rapaz sonhador, futuro escritor famoso, pai da Anny Cristhiny, esposo da Silvania, esse é que é tranquilo mesmo. Sua filosofia é: "na hora a gente desenrola", e realmente tem dado certo. Esse nâo esquenta a cabeça com trabalhos e nem provas, porque sabe que na hora tem sair alguma coisa..rs.


E eu, Edilene, que sou uma mistura de menina e de mulher, cheia de sonhos e de esperança de que o amanha será sempre melhor. Juntos formamos um quarteto, que tem se unido e se ajudado. Cada um com muitos sonhos e com uma particularidade que nos torna especiais.

Nossas vidas seguirão outros caminhos, nossas prioridades serão outras, novos laços serão feitos, mas a certeza que tenho é que o respeito e o carinho um pelo outro estará eternamente guardados e lembrados em nosso corações.






Por Edilene Oliveira

segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Jornalista precisa de Diploma??

Uma pergunta que paira na cabeça de muita gente...Jornalista precisa de Diploma??

Certamente o diploma sozinho não adianta muito nesta e em qualquer outra profissão, mas o conhecimento acadêmico, os debates, as decobertas são importantes quando se juntam ao conhecimento prático é igual a um profissional capacitado.
Para exercer profissões nas áreas de Direito, Medicina, Engenharia e outras, o Diploma é imprecindível, pelo risco que há.

Mas será que no jornalismo seria diferente? Não há riscos?

No jornalismo há muitos riscos. Uma informação veiculada de forma irresponsável pode denegrir a imagem de uma pessoa, acabar com a reputação e a carreira também.

Um profissional da área pode estudar e se capacitar sem frequentar a academia, mas a formação é uma forma de possibilitar maior credibilidade à categoria.





Edilene Oliveira

sábado, 14 de novembro de 2009

VIDA SEM NOME

Pele clara, olhos puxados, cabelos longos, lisos e enrolados, com um semblante tímido e misterioso.
Toda manhã acorda e faz uma oração – dessa vez ela pediu para que seja somente feliz. Ela ainda acredita que existe um Deus por isso ora pela manhã- mas já não tem fé.
Nota-se que sua ingenuidade e beleza escondem um pretérito inexprimível.
A vida dessa mulher, na qual muitos a conhece por sem nome, teve como palco do viver um campo de batalha. Sua esperança ficou presa num campo de concentração.
Lágrimas não mais dispõem em seus olhos. Olhos secos e marcados por noites sem dormir. Ela não sofre de insônia. Sofre da pura inocência de ter nascido em plena miséria. É claro que não tem culpa, mas nem por isso ficará imune de sofrer as conseqüências da solidão, fome, sede, tristeza e sofrimento.
A sem nome expia o pecado para que exista o rico, o corrupto, o político. Caso a sem nome não existisse... Eles também não existiriam. Pois quem irá classificar a questão da sobrevivência? Quem iria tratar as pessoas como números?
Sem nome, tem um nome, mas por que dizê-lo? É obvio que não tem motivo algum para se revelar o nome. Ninguém é tratado e respeitado pelo nome. A pessoa é o que é pelos números.
É o número do RG, CPF, carteira de Habilitação, do título de eleitor e o mais respeitado dos números são aqueles que estão na casa dos milhares correndo pelos bancos financeiros – esse número é o mais respeitado de todos. Não se pode deixar de lembrar que sem nome consegue viver apenas com os números da casa das unidades- um real para comprar o pão, durante um dia, apenas uma refeição, um vale transporte para trabalhar e uma alegria no sonhar.
A vida da sem nome é assim. Quando chega a noite, pensa – ainda tem esse direito – que tudo isso acontece porque o divino deseja. É a cura para a indignação e o conformismo que se estabelece no coração da sem nome é o combustível para que a necessidade dos números seja mais evidente.
Sem nome tem um nome. Sem nome tem um número. Mas para o mundo ela é apenas um fruto da terra que se quiser sobreviver em pleno sertão da miséria, tem que regar sua vida com as lágrimas derramadas e as noites más dormidas.
Escrito por Celso Oliveira